A Irmandade Comunindios Bandeira Branca, com sede em Alter do Chão (PA), Amazônia, é um grupo que utiliza o Xamãe em seus rituais para desenvolvimento social e espiritual e autoconhecimento, independente de religião, onde ressaltamos com grande importância os sentimentos do amor, da verdade e da pró-criação. O nosso objetivo é que cada pessoa possa se conhecer melhor, entendendo o que esta a sua volta com mais clareza, através do contato com uma força superior que traz a luz para as muitas perguntas sem resposta.

A ayahuasca, bebida sagrada milenar, é o elo entre o “ser” e a “força superior”, é a chave para estas respostas misteriosas das quais cada individuo torna-se um ser espiritual dotado de autoconhecimento capaz de encontrar em si todas as respostas existentes no cosmo.

quinta-feira, 4 de abril de 2013

Aniversario 6 anos SP

Nosso aniversário será comemorado dia 27 de abril, devido ao 1 de maio cair na quarta feira

será no proximo dia 27

maiores info, por favor enviar um email para:
comunindios.sp@gmail.com
ainda estamos de confirmar o local e o horario
mantenha se em contato com nosso grupo
Abraços a todos
Eric
 

sexta-feira, 15 de março de 2013

Encontros de março de 2013

Neste mes de março de 2013

teremos um encontro de lua crescente no proximo dia 23

maiores info, por vaor enviar um email para

comunindios.sp@gmail.com

sábado, 12 de maio de 2012

Caronas e Ponto de encontro para 02/06

Queirdos, xamanos! o ponto de encontro será no posto Graal (para os que forem em comboio). Eu vou tentar ir direto para o sitio para realmente chegar as 12hs.
É bom que comecemos a nos organizar nos carros, para sabermos quem vai com quem. Abraços a todos!

quinta-feira, 25 de agosto de 2011

Depoimento FORTE!

Toda experiência tem o porquê de ser, e no meu caso não poderia ter sido diferente. Minha busca começou antes mesmo de ter conhecido o xamãe, através da leitura, do estudo da psicologia e da psiquiatria, de diferentes vivências e da prática do yoga.

Os porquês repetidos desde que era criança se tornaram dúvidas cada vez maiores, ocultas na rede de ilusões que a civilização humana chama “realidade”. Meu incômodo surgia do meu sentimento de ser estranho. Meio japonês, meio nerd, meio vagabundo, sentia-me incapaz de escolher e trilhar qualquer caminho preestabelecido. Qualquer tentativa de me encaixar apenas aumentava a sensação de vazio e alienação sentida antes de ”A Experiência”.

Helena, uma amiga que está mais próxima de Atena, a deusa da sabedoria, me apresentou então a Comuníndios e o Xamãe. Nos dias que se antecederam, preparei-me com ansiedade, pesquisei na internet, li artigos e busquei seguir a dieta ao máximo. Ao conhecer o grupo e as pessoas, fui me acalmando aos poucos, me adaptando com aquela tão rara atmosfera de receptividade e a tranquilidade do local.

Na primeira dose senti a mesma sensação que se tem ao tomar um tranquilizante, esbocei espontaneamente um sorriso, meus músculos relaxaram e um sentimento de prazer, como ondas, percorria o meu corpo. Até então, nada diferente do que já havia experimentado. Tudo mudou com a segunda dose. Deitado na rede, comecei a ver as telhas do telhado mudarem de cor, brilhantes e fluídas, movimentando-se como um oceano. Olhei para a roda de navio (?) no teto e rapidamente embarquei para dentro de um navio, em pleno alto mar. A música peruana me lembraram o oriente e fizeram com que eu tivesse a visão da China e sua Grande Muralha, de castelo medievais no Japão. Com a mudança das músicas vinha a mudança da paisagem e eu já estava na Europa, no período das grandes navegações.

Ali, na Itália, conversei com minha bisavó. Nunca a conheci, mas ela falou através de mim, no interior do meu corpo. Surpreendia-se e admirava a minha aparência e o fato de eu ser um homem, como toda parente coruja costuma fazer. Tive então outras visões. Imaginei ter me transformado em um tigre. Imaginei ter me fundido com o meu primo, como um irmão siamês. Meu navio, em águas turbulentas, bateu numa rocha e naufragou. A manta de minha amiga transformou-se em frias águas. Transformei-me em um cavalo branco com manchas pretas e num lobo, a uivar para a lua cheia. Num momento quis ajudar a alimentar a fogueira. Estupidamente tentei arrancar um galho de uma árvore, mas, como se a natureza tivesse falado comigo, simplesmente larguei o galho e abracei a pequena árvore.

Nos dias seguintes fiquei pensando em toda a simbologia, mas era tanta informação, algumas esquecidas, inclusive, que não conseguia pensar em nada. Mas percebi que algo havia mudado. O inesperado baque veio na segunda consagração. Apesar de toda tranquilidade que sentia assustei-me e temi aquelas estranhas ondas de prazer, de satisfação em simplesmente existir e fazer parte. Naquele momento perdi o controle do meu corpo e de meus pensamentos.

Imagens nebulosas e flashes era tudo o que eu observava da realidade despedaçada. Passado e futuro se misturavam, obscurecendo o presente. Sentimentos reprimidos de raiva, tristeza, medo, confusão e culpa sobrepunham-se em minha mente, controlavam minhas ações. Mas antes que eu pudesse fazer qualquer coisa, outro momento já estava se passando. Sentia como se não fosse eu que estivesse agindo e, algumas vezes, até mesmo pensando. Em algum momento senti novamente ter incorporado o espírito do lobo. Talvez um símbolo da raiva, do instinto e da rebeldia que reprimi e busquei controlar durante anos? Também não sei o porquê, mas lembrei-me de um sonho, com uma moça jovem indo ao encontro do namorado. Nessa noite ela encontrou a morte.

Durante todas essas experiências estive sob a supervisão atenciosa de cuidadosos realizadores. Também recebi a ajuda de companheiros, irmãos e irmãs, que, acidentalmente ou não, ajudaram a me entender um pouco mais. Esta Experiência me tornou mais compreensivo com as limitações alheias e as minhas próprias. Agora sou o que sou, um ser humano em construção, perfeito aos olhos de Deus, como bem disse um companheiro de grupo. Obrigado a todos pela companhia desta nossa jornada, o despertar para uma vida mais verdadeira.

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